sexta-feira, 29 de abril de 2011

Reencontro.


Esperei um considerável tempo pelo dia em que os nossos lábios se iriam reencontrar numa perfeita sintonia de amor, em que os nossos braços se iriam sentir seguros e suportados um no outro. Depois de desejar e amar numa espera de silêncio insuportável, lutei que nem uma louca, tentando a todo o custo pedir-te desculpa pelos meus erros irreversivéis. Não foi uma tarefa fácil, mas hoje tenho a consciência que foi das melhores escolhas que puderia ter feito. Para além de me sentir minimamente aliviada por todo o sentimento que fui sentindo com o decorrer do tempo, consegui sentir-te nos braços de novo. Convencer-te de que estava absolutamente arrependida foi um castigo, mas tentar abraçar-te de novo foi fácil demais. Ambos nos encaixamos lindamente um no outro como outrora, tal como os nossos suaves lábios que transformaram e embalaram por completo os nossos dois corações. Amar-te, é uma certeza. Obrigada por voltares a dar-me esta oportunidade.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Saudade.


Quero escrever-te uma última carta, a suposta carta de despedida. Já ando há uns consideráveis dias a pensar no que te devo proferir na mesma. E se queres que te diga, as palavras não me sabem a um fim e não me lembram um adeus. Só eu, infelizmente só eu e o meu acanhado coração é que ainda não conseguimos concluir com um reluzente ponto final todo o nosso pretérito. Passaram-se dois angustiantes meses e a dor continua intacta e a saudade chegou ao meu limite de armazenamento. Acordo e a tua imagem ainda me visita, deito-me e a mesma procura-me entre múltiplos pensamentos. Tudo trabalha. A cabeça que pensa, o coração que sente e o corpo que anseia tocar em cada traço teu. Nestas noites cerradas, em que o sono se esquece de mim, fazes-me ainda mais falta. Penso em como seria se te deitasses ao meu lado, me enroscasses em ti e me beijasses docemente como só tu sabias fazer. Ai, como me sinto tão pequena, tão insignificante e igualmente perdida sem ti. Os fins-de-semana já não possuem o mesmo sabor e o mesmo encanto. As terças-feiras já não são o que eram. Já não tenho de inventar uma desculpa para sair de casa ás 10:30h da noite, já não espero por ti na beira da estrada, já não vejo o teu carro chegar, já não te saudo com o meu beijo apaixonado, já não me perco e me embalo nos teus braços e já não me despeço com outro beijo ainda mais louco e apaixonado. Agora apenas posso recordar e saborear o sabor amargo de te ter perdido. Porque fugiste assim de mim, porque me deixaste tão diminuta e refém dos meus próprios sentimentos? Porque não voltas para o teu lugar? Ele ainda te pertence. Ainda continua à tua espera como sempre esteve. Ainda podes dar cor e sabor à minha vida. Vem, eu deixo-te, meu amor.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Inesquecível.


Tentei lutar, dei novas oportunidades a mim própria, encarei a realidade de frente e descobri que não sou capaz de ser feliz sem ti do meu lado. Percebi que nenhum outro ser consegue provocar em mim os mesmos efeitos que tu me provocavas, que nenhum outro ser me consegue encher o coração com o mesmo amor e com a mesma felicidade que tu conseguias. A magia perde o encanto e o desejo perde o entusiasmo. Os olhos perdem o brilho e o sorriso perde a espontaniedade quando não é a ti que me dirijo. Independentemente de todos os factores, verdades ou mentiras que me proferiram naquele dia, o amor sobrepõe-se a qualquer sentimento negativo e frustante que algum dia puderia começar a nutrir por ti. A revolta que envolvia o meu corpo e o meu coração levaram-me a proferir-te umas quantas palavras de desespero envolvidas por um ódio consequente do suposto erro grave que cometeste. Seria capaz de voltar a cair nos teus braços, mesmo tendo a perfeita consciência das consequências que posso sofrer e mesmo depois de tudo o que já se sucedeu. Marcaste-me desde o primeiro dia e hoje tenho a certeza absoluta desse mesmo facto.